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de 45 servidores municipais participam do curso “Negociação Coletiva no
Setor Público”, no Romanos Hotéis e Eventos, Fortaleza-Ceará. O evento
acont6eceu nos dias 4 e 5 de setembro e visou potencializar as
qualidades de cada representante sindical para a mesa de negociação
coletiva. A promoção é do Departamento Intersindical de Estatísticas e
Estudo Socioeconômicos (Dieese) em parceria com a Federação dos
Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce).
A presidente do SINDIJARD Francileia Filgueiras esteve participando do evento e destaca a importância desse curso na preparação dos dirigentes sindicais na hora de negociar é preciso ter uma boa argumentação afirma a presidente.
Roberto Sugiyama, técnico convidado do Dieese-SP, lembra que o curso
não objetiva ensinar como negociar, pois, ele ressalta, cada
representante sindical já sabe fazer isso. Sugiyama informa que o curso
procura organizar o conhecimento que cada trabalhador tem e mensurar, ou
ajudar, a descobrir posturas, comportamento, grau de argumentação e
definir uma estratégia na mesa de negociação contra a Prefeitura.

Sugiyama lembra ainda que os servidores devem agir em sintonia. “A
comissão dos servidores se perde quando um fala em cima do outro e têm
posições discordantes. Quando isso acontece, deve-se pedir um intervalo
para se organizar. Do contrário, o outro lado repara que existe uma
falta de diálogo e de entendimento das pautas reivindicadas”, ensina.
Comportamento
Dênis de Oliveira, secretário de Finanças do Sindicato dos Servidores
Municipais de Jijoca/Jericoacoara afirmou que, nas negociações, a
Prefeitura procura desviar o foco das pautas do Sindicato. Para ele, o
comportamento do sindicato também pesa na negociação. “A gestão tenta
desviar o foco das pautas. A forma como você se expressa, um tom de voz
pode levar tudo a perder na mesa de negociação, que pode se acabar antes
mesmo de se começar a negociar”, reflete.
Francisco Nelson das Chagas, coordenador de área do Sindicato dos
Servidores Municipais de Tamboril, avaliou como positiva as dinâmicas do
curso. Na dinâmica , ele esteve no grupo que representou o
sindicato, em uma simulação de mesa de negociação. Para Nelson, o
ensinamento que ficou foi que “É preciso um planejamento antes de ir
para a mesa; a definição dos papéis, o que cada um vai colocar”, do
contrário, ele continua, o grupo se perde nas reivindicações.
A avaliação de crescimento com o curso vai ser feita por cada
participante. “Cada uma vai procurar enxergar um crescimento do seu
comportamento, da sua argumentação, da sua estratégia e tática ao fim do
curso. Se o pessoal conseguir enxergar essa evolução, sucesso”, afirma
Sugiyama